O Comitê da Sub-Bacia Hidrográfica do Médio Jaguaribe realizou nesta terça-feira (31), de forma virtual, sua 33ª Reunião Extraordinária. O evento teve como objetivo principal a aprovação do Prognóstico do Plano de Recursos Hídricos do Médio Jaguaribe.
Carla Beatriz, pesquisadora da Universidade Federal do Ceará (UFC) e membro do Programa Cientista Chefe de Recursos Hídricos, apresentou os dados reunidos à plenária.
O Prognóstico consiste na análise do balanço hídrico da região, considerando cenários possíveis que possam embasar a tomada de decisões futuras e aborda a situação de partida das variáveis chaves, projeção populacional, oferta hídrica em cenário de mudança de clima e os cenários prospectivos.
O documento finaliza a 2ª etapa do Plano de Recursos Hídricos da Região e foi aprovado por unanimidade pelo colegiado.
O próximo passo no PRH será o workshop de Programas e Ações voltado às regiões da Chapada e do Vale, em novembro.
Batimetria Açudes Joaquim Távora e Nova Floresta
Em seguida, Lauro Filho, técnico da regional da Cogerh das sub-bacias do Médio e do Baixo Jaguaribe, explicou os resultados das batimetrias dos açudes Joaquim Távora e Nova Floresta.
A Batimetria consiste no levantamento de dados com o objetivo de obter a tabela Cota x Área x Volume de um determinado reservatório. No reservatório a ser trabalhado, deve-se fazer a delimitação de sua bacia hidráulica com um GPS e coletar diversos pontos dentro do reservatório.
Para cada um destes pontos, deve-se obter sua profundidade e suas coordenadas, utilizando um Ecobatímetro. Quando esta malha de pontos estiver pronta, faz-se o processamento destes dados, que irá gerar as curvas de nível existentes dentro do reservatório. Com isto, pode-se obter os volumes e áreas em cada cota que desejar.
O Açude do Joaquim Távora, com batimetria realizada em Outubro de 2023, apresentou um acúmulo de 4,78 milhões de m³ na cota 108,09. Extrapolando para sua cota máxima (116), o reservatório apresentaria uma capacidade total de 35.716.157 milhões de m³.
Em comparação com o resultado da Batimetria de 2018, na cota 105,00, o Açude apresentaria o acúmulo de 676.278 m³. Comparando os dados coletados na batimetria atual, o reservatório apresentou uma diferença de -13,56% entre os dois levantamentos realizados
O Açude do Nova Floresta, com batimetria realizada em Outubro de 2023, apresentou um acúmulo de 7.131.371 milhões de m³ na cota 111,00. Extrapolando para sua cota máxima (113), o reservatório apresentaria uma capacidade total de 11.928.487 milhões de m³.
Em comparação com o resultado da Batimetria de 2007, na cota 105,00, o Açude apresentaria o acúmulo de 302.171 m³. Comparando os dados coletados na batimetria atual, o reservatório apresentou uma diferença de 50,68% entre os dois levantamentos realizados.
Vale ressaltar que os resultados obtidos serão validados pela Diretoria da COGERH e encaminhados ao DNOCS para apreciação, uma vez que o reservatório é de dominialidade Federal.
