Webinar promovido pelos CBHs contou com o apoio e a participação da Cogerh e SRH; confira na íntegra

A chegada das águas da Transposição do Rio São Francisco no Ceará acompanha a necessidade de uma discussão acerca da distribuição desses recursos hídricos. Com o intuito de contribuir com esse diálogo, ocorreu na última quarta (12) um webinar promovido pelos Comitês das Sub-Bacias Hidrográficas do Baixo Jaguaribe, do Médio Jaguaribe e do Salgado com o tema “As águas do rio São Francisco na Bacia do Jaguaribe: Expectativas, Usos e Desafios”.

Para Wyldevânio Vieira, presidente do Comitê do Salgado, o debate promovido pelo evento deve ser o primeiro de muitos: “debater o São Francisco deve fazer parte da nossa rotina agora”. Flaviana Guimarães, presidente do Comitê do Médio Jaguaribe, citou os principais desafios de distribuição dessa água e destacou a importância da ocasião para o esclarecimento de algumas dúvidas.

Bruno Rebouças, Diretor de Operações da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos – Cogerh, lembra que “quando se fala em acesso a água não existe uma fórmula mágica, não existe solução única”, mas ressalta que a infraestrutura hídrica do Ceará é um exemplo para o Brasil. “Sem a gestão desses recursos e sem a participação da sociedade isso não seria possível”, comenta.

Na manhã de quarta, no seminário online “Logística e Agronegócio”, o Secretário dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará Francisco Teixeira informou que as águas da transposição devem ser bombeadas da barragem Jati para o Cinturão das Águas – CAC no dia 20 de agosto. É o trecho emergencial do CAC que irá permitir que as águas do São Francisco cheguem ao Castanhão, maior reservatório do Estado.

As informações foram repassadas pelo Secretário Executivo de Planejamento e Gestão Interna, Ramon Rodrigues, que celebrou o momento: “é algo muito significativo, foram 12 anos de espera”. O secretário relatou ainda que inicialmente será trabalhada uma vazão média 11,6 m³/s, volume este outorgado junto a Agência Nacional de Águas – ANA.

O Diretor de Operações da Cogerh destaca que a liberação dessa água depende de um entendimento com a ANA e com o Ministério do Desenvolvimento Regional. “No Ceará, o propósito é que toda a água atenda o máximo de pessoas da melhor forma possível. Essa água deve atender os usos múltiplos, que vão desde o pequeno agricultor ao empreendedor maior”.

Sobre a qualidade das águas, Bruno lembra que “a Cogerh realiza o monitoramento não só quantitativo, mas qualitativo das águas, e isso também acontecerá com as águas da transposição”. Para as comunidades, é importante que haja adesão ao saneamento básico e, enquanto a Companhia investe em diversas tecnologias de fiscalização, a população também tem o papel de contribuir contra atividades e retiradas irregulares de água.

O encontro foi mediado por Aridiano Belk, presidente do Comitê do Baixo Jaguaribe. A Cogerh de Limoeiro do Norte prestou apoio na logística do evento, com a abertura sendo realizada pelo Coordenador do Núcleo Técnico, Almeida Chaves, e a apresentação pelo Coordenador do Núcleo de Gestão, Leandro Nogueira. O encontro virtual contou com cerca de 70 participantes, tendo um engajamento de 6 CBHs do Ceará, 1 Comitê de Bacia do Rio São Francisco, órgãos estaduais e federais, professores e estudantes internacionais.

Assista ao webinar na íntegra aqui.

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